O empoderamento dos usuários e a formação do agente comunitário em saúde em arboviroses: interfaces entre a saúde pública e arte
Objetivo: Promover cursos de formação continuada para Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Endemias atuantes na Atenção Primária à Saúde do município do Rio de Janeiro. Realizamos atividades em espaços formais e não-formais de educação (Simpósio de Virologia da UFRJ, Simpósio de Atenção Primária à Saúde da UFRJ, Simpósio de Medicina Tropical e Doenças Negligenciadas da UFRJ) que tem atraído nos últimos dois anos público estimado de 3500 participantes.
Produtos: As instituições de ensino e pesquisa tem a função social de produzir conteúdo de qualidade e acessível para os cidadãos. Dentro dessa perspectiva, o projeto se insere, pretendendo-se alinhavar a pesquisa, o ensino, a arte, a saúde pública e a extensão, cooperando para a elaboração de material pedagógico, difusão de conceitos científicos, ações na comunidade, geração de conteúdo online para acesso livre e democrático e formação continuada de profissionais do Sistema Único de Saúde que atuem na Atenção Primária à Saúde do município do Rio de Janeiro. Os resultados serão apresentados na JICTAC, assim como em congressos nacionais e internacionais.
Resumo: No contexto da equipe multidisciplinar da Estratégia Saúde da Família (ESF), o Agente Comunitário de Saúde (ACS) é um trabalhador que assume posição de destaque. Atuando quotidianamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), esses profissionais são atores sociais, que exercem uma representatividade única ao ser o elo entre a comunidade e os serviços de saúde, buscando proporcionar melhor qualidade de vida e bem estar à população por ele assistidas. Portanto, para que alcancem o pleno exercício de sua função, os ACS necessitam de uma capacitação com excelência, embora mostrem-se inseguros diante das temáticas abordadas. Soma-se à essa problemática outros fatores que interferem no desenvolvimento de suas atividades, tais como a falta de percepção que têm a respeito de sua inserção e protagonismo na ESF e o papel diferenciado e crucial que exercem por meio da promoção da saúde extramuros da UBS. Nesse contexto e ao se tornar instrumento de empoderamento e conscientização sócio-política, o ensino de Arte ganha novos contornos, assumindo a função de promotora da reflexão e também da formação. Este projeto trata-se de uma iniciativa focada na capacitação e qualificação do ACS no sentido mais amplo de sua formação e a partir da perspectiva do seu empoderamento para além do papel de profissional de saúde, como também de usuário do SUS e parte integrante de sua localidade. Além disso, fazer de atividades artístico-culturais instrumentos empoderadores e reabilitadores de problemas na área da educação em saúde e saúde coletiva. Para tanto, será utilizada a Arte, o lúdico, a linguagem metaverbal e o ensino não formal como ferramentas para permitir que sua formação teórica seja atravessada pela sua vivência de trabalho, ressignificando estas vivências e adicionando à elas visão científica.. Tem-se como meta fomentar, desenvolver e compreender o processo de individualidade, educação e atuação desses profissionais, articulando conhecimentos artísticos e científicos ao aprimoramento de sua autonomia intelectual, pensamento crítico e espírito criativo. O projeto conta, atualmente, com o apoio de profissionais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ), Faculdade de Medicina da UFRJ, da Escola de Belas Artes da UFRJ (EBA/UFRJ) e da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ). Além disso e juntamente com demais iniciativas, desenvolve atividades e eventos de divulgação do conhecimento científico de modo interinstitucional, interdisciplinar e descentralizada, tais como a organização do Simpósio de Virologia da UFRJ, Simpósio de Medicina Tropical e Doenças Negligenciadas da UFRJ, Workshop de Produção Audiovisual em Saúde, Mostra Audiovisual em Saúde Nise da Silveira e, em destaque, o Simpósio de Atenção Primária à Saúde da UFRJ, um evento que incentiva a formação continuada dos profissionais-agentes do processo saúde-doença.